segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Papoila


Família: família das Papaveráceas.


Nomes vulgares: Ópio-do-Povo, Papoila-Brava, Papoila-das-Searas, Papoila-Ordinária, Papoila-Vermelha.

Habitat e distribuição: Planta herbácea anual, originária do Mediterrâneo Oriental, julgando-se ter sido introduzido na Europa e outras regiões do globo com a cultura dos cereais. Encontra-se frequentemente nas searas, campos cultivados e incultos de quase todo o Continente e Ilhas Adjacentes.


Partes utilizadas: Pétalas.


Farmacologia e actividade biológica: Os alcalóides isoquinoleicos têm uma acção sedativa fraca, espasmolítica e antitússica; as mucilagens são responsáveis pelas propriedades emolientes e inibidoras da tosse.


Usos etnomédicos e médicos: Em inflamações das mucosas brônquicas (tosse), como emoliente. Em caso de insónia e ansiedade, como sedativo. Nos espasmos nervosos.


Contra-indicações: Não são conhecidas.


Efeitos secundários e toxicidade: Pelo conteúdo em alcalóides, não usar preparações concentradas durante a gravidez, a aleitação e em crianças até aos 3 anos.


Formas de administração:
Uso interno
-infusão;
-tintura (1:5);
-xarope (diluente com infusão a 25%).

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

HERA



Família: família das Araliáceas


Nomes vulgares: Aradeira, Hédera, Hedra, Heradeira, Hera-dos-Muros, Hera-Trepadora.


Habitat e distribuição: Arbusto trepador, originário da Europa Ocidental, Central e Meridional e das regiões mediterrânicas. Encontra-se nos muros, rochedos e árvores do Continente e Ilhas Adjacentes.


Partes utilizadas: Folhas dos ramos estéreis (as estéreis possuem 3 a 5 lóbulos triangulares ao contrário das férteis).


Farmacologia e actividade biológica: Os saponósidos e os poliacetenos têm acção espasmolítica, expectorante, antifúngica e antibacteriana.


Usos etnomédicos e médicos: Bronquite, catarro crónico, tosse espasmódica. Na gota e reumatismo. Externamente, na cicatrização de feridas, varizes, e na celulite.
Principais indicações: Tosse e bronquite.


Contra-indicações: Gravidez, aleitação.


Precauções e toxicidade: O uso interno deve ser feito sob controlo médico. As folhas jovens podem causar dermatites por contacto.


Formas de administração:
Uso interno
-infusão.
Uso externo
-cozimento a 20%.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Lúcia-lima



Família: família das Verbenáceas.


Nomes vulgares: Bela-Aloísia, Bela-Luísa, Erva-Luísa, Doce-Lima, Limonete.


Habitat e distribuição: Arbusto originário da Argentina, Peru e Chile, é espontâneo na América do Norte, cultivado na Europa Meridional. Actualmente Marrocos é o principal produtor.


Partes utilizadas: Folhas.


Farmacologia e actividade biológica: Pelo óleo essencial e flavonóides aumenta o apetite e tem acção espasmolítica e anti-séptica. É um bom corrector de sabor.


Usos etnomédicos e médicos: Dispepsias hipossecretoras, falta de apetite, flatulência, cólicas gastrointestinais e vómitos. Na agitação, insónia e enxaqueca.


Principais indicações: Como digestivo, carminativo e calmante suave.


Contra-indicações: Não usar por períodos longos, pois pode provocar perturbações gástricas e até gastrites.


Efeitos secundários e toxicidade: Não são conhecidos.


Formas de administração:
Uso interno
-infusão;
-tintura (1:10).
Uso externo
A essência é usada, directamente ou diluída, como repelente de insectos.

Alecrim



Família: Família das Lamiáceas (Labiadas)


Nomes vulgares: Alecrim-da-terra, Alecrinzeiro, Alicrizeiro.


Habitat e distribuição: Arbusto vivaz do litoral mediterrânico, em terrenos secos e pobres, principalmente calcários. Encontra-se em charnecas e pinhais do Centro e Sul do Continente. É muito cultivado.


Partes utilizadas: Folhas e óleo essencial


Farmacologia e actividade biológica: Em animais tem sido verificada a actividade colerética, colagoga, antiespasmódica e hepatoprotectora, atribuída aos flavonóides e outros constituintes polifenólicos. Os compostos amargos estimulam as secreções gástricas. O óleo essencial tem acção anti-séptica e, devido à cânfora, acção estimulante sobre a circulação e o sistema nervoso. Externamente, é activador da circulação periférica e anti-inflamatório.


Usos etnomédicos e médicos: Como normalizador das perturbações digestivas ligeiras associadas a disfunções hepatobiliares, flatulência, anorexia. Adstringente e diaforético, aumenta a sudação. Como tónico circulatório hipertensor. Externamente, coadjuvante no tratamento de reumatismos musculares e articulares, como analgésico e anti-inflamatório nas mialgias, nevralgias, e inflamações osteoarticulares; no couro cabeludo como estimulante.


Principais indicações: Anorexia, digestões lentas e flatulência por disquinesia biliar. Em balneoterapia, como activador circulatório e anti-reumatismal.


Contra-indicações: Não usar o óleo essencial por via interna durante a gravidez, aleitação, nem em crianças com idade inferior a seis anos, ou em doentes com gastrite, duodenite, úlcera péptica, síndroma do cólon irritável, doenças inflamatórias intestinais, ou doenças neurológicas acompanhadas de tremores ou convulsões.


Efeitos secundários e toxicidade: Não usar o óleo puro, por via interna, pois pode produzir cefaleias, convulsões, espasmos, gastroenterite, lesão renal. Pode ser abortivo em doses elevadas. Topicamente, o óleo essencial produz rubefacção dérmica, devendo evitar-se a aplicação sobre as mucosas e em zonas cutâneas desprotegidas.


Formas de administração:
Uso interno
Dose média diária, 4 a 6 g de fármaco.
-infusão (10 min);
-extracto fluido (1:1) em etanol a 45o;
-óleo essencial;
-extracto seco (5:1).
Uso externo
-cozimento;
-óleo essencial.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Infusão


Consiste em colocar a planta numa vasilha sobre a qual se verte água a ferver.
Deixa-se repousar durante 15/20 minutos.
É a forma recomendada para as folhas, flores e talos.